segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Ecos



Os dias nem sempre me trazem um fardo leve. Nem sempre é fácil.
Volta e meia preciso do silêncio... Esse velho amigo conselheiro que tanto me socorre.
Ficar assim, quieta, jogada na cama com os braços abertos e os olhos fechados. Silêncio por fora e por dentro!
Tento não pensar em nada. Fechar as portas pra rua e abrir as janelas da alma. Deixar o silêncio gritar bem no fundo do peito, lá onde faz eco.
Tem horas que fico assim, sem ter o que dizer, ou se tenho simplesmente não quero dizer nada...
Não questiones o que sinto apenas porque a minha voz se cala. É apenas silêncio...

domingo, 4 de setembro de 2011

Só as vezes...


As vezes me sinto velha!
Num quase desespero, por pensar que nunca mais viverei determinadas situações. Coisas que eu gostaria de ter feito e não fiz.
Velha ao ver a vida passar e eu ficando em algum lugar do caminho
Velha ao notar esse desânimo de lutar por coisas que antes eram tão importantes. E agora nem tanto...
Velha quando me decepciono, quando me sinto fraca para seguir caminho.

Velha quando vem a dor baixinho e me faz sentir o peso do mundo inteiro no meu peito.
Velha por desistir fácil. Por deixar rolar pra ver no que é que dá
Flores também caem na primavera...
a vida e seus movimentos inesperados. Ainda bem! Assim tudo passa mais rápido
As vezes me sinto velha. Mas só as vezes...

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

À Flor da Pele


Fecho os olhos e deixo falar o vento... Busco sentido na contradição que me assombra
Minhas tempestades vem de dentro... Sou do avesso. Tenho a alma do lado de fora!

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Já é Setembro em Mim...


Amanheceu Setembro
O que da vida muda?
É o mesmo sol, o mesmo vento, a mesma força que explode e move os músculos de um corpo cansado.
O quarto é o mesmo. Os mesmos lençóis amassados.
A mesma sina, os mesmos sonhos. Velhas tristezas também amanhecem com o setembro ensolarado.
O mesmo relógio na parede, o mesmo cachorro no quintal, mesmo gato no telhado a namorar os passarinhos...
Tudo ao redor continua do mesmo jeito.
A vida miúda esparramada pelos quatro cantos da casa.
Abri a janela enquanto o sol nascia...
Tudo igual no setembro de primavera anunciada. Mas a alma insistiu em acordar transformada.