sábado, 26 de junho de 2010

Paradoxo


A gente sabe até onde pode ir
mas o coração não.. ele não tem cercas,
vai livre, mesmo que o corpo fique...

Ressonância… De lembrança leve e forte… Suave, porém acompanhada do desejo de tornar a ver.

Tradução indecifrável. Sentimento passível/possível daqueles que em determinado momento o viveram de forma única, e se tornou inesquecível a ponto de desejá-lo por um tempo indeterminado

Assim fôssemos como as borboletas,
E tivéssemos apenas três dias de verão...

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Fotografia



Hoje o mar faz onda feito criança
No balanço calmo a gente descansa
Nessas horas dorme longe a lembrança
De ser feliz

Quando a tarde toma a gente nos braços
Sopra um vento que dissolve o cansaço
É o avesso do esforço que eu faço
Pra ser feliz

O que vai ficar na fotografia
São os laços invisíveis que havia

As cores, figuras, motivos
O sol passando sobre os amigos
Histórias, bebidas, sorrisos
E afeto em frente ao mar.

Quando as sombras vão ficando compridas
Enchendo a casa de silêncio e preguiça
Nessas horas é que Deus deixa pistas
Pra eu ser feliz

E quando o dia não passar de um retrato
Colorindo de saudade o meu quarto
Só aí vou ter certeza de fato
Que eu fui feliz

O que vai ficar na fotografia
São os laços invisíveis que havia

As cores, figuras, motivos
O sol passando sobre os amigos
Histórias, bebidas, sorrisos
E afeto em frente ao mar.

terça-feira, 15 de junho de 2010

As pontes entre nós


Eu tenho o tempo
Tu tens o chão
Tens as palavras
Entre a luz e a escuridão
Eu tenho a noite
E tu tens a dor
Tens o silêncio
Que por dentro sei de cor

Eu tenho o medo
Tu tens a paz
Tens a loucura que a manhã ainda te traz
Eu tenho a terra
Tu tens as mãos
Tens o desejo que bata em nós um coração

E eu, e tu
Perdidos e sós
Amigos distantes
Que nunca caiam as pontes entre nós

Se foi voce ou eu...


Quando veio
Mostrou-me as mãos vazias
As mãos como os meus dias
Tão leves e reais
E pediu-me
Que lhe levasse o medo
Eu disse-lhe um segredo
"Não partas nunca mais"

E dançou
Rodou no chão molhado
Num beijo apertado
De barco contra o cais

E uma asa voa
A cada beijo teu
Esta noite
Sou dona do céu
E eu não sei quem perdeu

Abraçou-me
Como se abraça o tempo
A vida num momento
Em gestos nunca iguais
E parou
Cantou contra o meu peito
Num beijo imperfeito
Roubado nos umbrais

E partiu
Sem me dizer se volta
Levando-me o perfume
De tantas noites mais

E uma asa voa
A cada beijo teu
Esta noite
Sou dona do céu
E eu não sei quem perdeu

Se foi voce ou eu...