sábado, 30 de julho de 2011

Pecadora...


Mas haverá um dia em que não haverá amanhã...
E as palavras acabam por morrer dentro de nós... E a vida passa sem termos vivido como gostaríamos... como deveríamos
Talvez o maior de todos os pecados seja deixar de ser feliz, por medo de pecar...
Pecado é não viver. Pecado é não sermos nós mesmos. Pecado é não amar...
Meus pecados são menores que minhas lágrimas...
No final, sei que Deus não vai contar quantas vezes eu caí, mas quantas me levantei...

Quantos pecados escondemos em nós? Pecadora me confesso!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

E enquanto espero...


Recordo que um dia li um provérbio que dizia que quando chegasse um momento em que me sentisse tão cansada e incapaz de dar um passo sequer teria chegado precisamento a metade do caminho que era capaz de percorrer. Talvez seja verdade...
A coragem surge sempre algures, nessas coisas que nos escapam ao primeiro olhar...
Eu sinto falta de muitas coisas...até de receber uma carta, verdadeira, em envelope fechado com o carimbo dos correios e tudo...
Saudades das coisas mais pequenas.... saudade.
Saudades de andar descalça, de chupar manga sem me preocupar com a roupa, roubar bolinhos de chuva antes de acabarem de fritar tudo...
saudade de acordar cedo porque há tanto por viver... a tranquilidade das manhãs de domingo ...as tardes de aconchego no sofá, entre mantas e lareira. As noites de travessura.
Cumplicidades... e o amor sempre escondidinho, ali perto, à espera do momento para gritar. E quantas vezes ninguem o ouve.
Por vezes a falta pesa. A falta de coisas tão banais... mas tão essenciais

Ninguem fala das faltas que sentem, das saudades que têm. A verdade é que não se fala do que se sente... medo?
Talvez. As coisa bonitas calam-se para se gritar alto as outras. As feias. É sempre mais fácil magoar que dizer te amo
É a falta. A falta do toque que sabemos ser por amor. A falta de alguem que nos trate bem, que nos mime, que esteja lá, simplesmente.
O porto para o qual sabemos sempre poder regressar.
O ter alguem à nossa espera. O esperar por alguem. A quem dar o ultimo telefonema do dia. A quem desejar boa noite.

A cabeça de descanso num peito que se mexe devagar
O silêncio. A mão e o corpo entrelaçados noutra mão e noutro corpo. O beijo,o riso, o chamego.O aconchego...
Hoje que penso nas perdas, nas faltas, na saudade, nas esperas constantes
Se me perguntarem porque espero ou o que espero, não sei dizer. O que sinto é que ainda não é isto.