
Volto aqui onde te encontrava em delírios de febre...
Sagrado e profano se misturam a imagens projetadas numa memória que insiste em não se apagar.
Te sinto comigo novamente mesmo estando só. A tua ausência seria a minha ruína...
Longe do teu existir em mim, nada sou também.
Enquanto te espero, flutuo num espaço existente na lembrança de um passado que é presente por ser eterno. São marcas que ficaram na alma.
Nesse espaço acima do certo e errado onde me encontro, não
sei onde me encaixo.
Sinto tua presença mesmo sem te ver chegar. Não preciso te olhar pra saber que sorris...
Ergo os olhos e tua imagem me cega. Me vejo imóvel envolvida em teu abraço. Me aconchegas e posso sentir teu coração tão calmo em dissonância com o tamborilar do meu peito.
Não me soltas até que se sincronizem as batidas num pulsar sereno. Só então te encaro.
Prostro minha humanidade chagada a seus pés.
Me acolhe em minha vergonha e sustenta minha fraqueza de espírito.
Dizem que o amor tudo perdoa. Não sei...
Mas me sinto inteira de novo quando cravas teu olhar redentor na minha alma de vento.
Luciana Seloy
Um dos mais lindos dos seus..!lindo msm Lu! um abraço!josi
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